sábado, 15 de novembro de 2014

Zanowski - O mágico de Itararé

São necessárias horas e horas de treinamento para que os olhos da plateia não consigam perceber ou desvendar os segredos da mágica, pois as mãos precisam ser mais rápidas que a visão. Como que num passe de mágica, tudo desaparece diante das pessoas ou reaparece em lugares totalmente inimagináveis.

Talvez pouca gente saiba, mas Itararé tem um mágico profissional. 
“Amo a mágica cada vez mais, quando vejo o sorriso e a surpresa no rosto das pessoas” e quem diz isto é Marcelo Gustavo Rocha Krzyzanowski (21).

Nascido no dia 23 de fevereiro, Marcelo é filho de Marcelo Odir Krzyzanowski e Maria Claúdia Rocha Krzyzanowski.

Aos oito anos de idade, ele ganhou de sua mãe uma “caixinha de mágica”. Na época, Marcelo recorda que brincou por um determinado tempo, mas logo guardou a caixinha e se ocupou com outras brincadeiras normais de criança e com os estudos.

“O interesse pela mágica veio mesmo aos quinze anos”, diz o mágico. “Eu estava organizando meu armário quando me deparei com a caixinha mágica e ao relembrar dos vários truques que ela ensinava, comecei a me interessar em querer aprender mais e mais truques”, diz Marcelo.

No início foi mais como uma curiosidade e para “zoar” com os colegas de escola.

Mas, aos poucos Marcelo percebeu que o gosto pela mágica foi lhe dando prazer, pois percebia no rosto das pessoas a surpresa e a fascinação pela mágica.

O mágico de Itararé começou a se aprofundar nos estudos do ilusionismo e hoje possui um diploma de mágico expedido pelo “Castelo de Barcelona” em 2008.

Marcelo treinava em frente ao espelho por várias horas ao dia e dá a receita para quem desejar seguir carreira no mundo da mágica, ou seja, disciplina, dedicação, organização e treino. “Mágica é muito treino”, enfatiza Marcelo.
O tipo de mágica que ele mais pratica é a chamada mágica close-up (aproximação) através da cartomagia (truques com cartas). Hoje, o mágico que adotava o sobrenome Krzyzanowski atua com o nome abreviado para facilitar a pronúncia, ou seja, Zanowski.

Ele recorda que já realizou apresentações na empresa Norske Skog em Jaguariaíva para mais de mil pessoas; na reinauguração da ACE de Itararé; na inauguração da loja do Sonecão Autopeças, onde estiveram mais de seiscentas pessoas e também já colaborou com shows beneficentes, como foi o caso da APAE de Itaberá, onde foi convidado a entreter as crianças e jovens especiais, bem como as demais pessoas que estavam presentes. Outra apresentação marcante para o mágico de Itararé foi na casa do famoso goleiro Marcos do Palmeiras em 2011.

Zanowski também participou do programa ‘Qual é o seu talento’ do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) em 2010, através da indicação de um amigo e também mágico, Andrey Amaral.

A participação do mágico foi prejudicada, segundo ele, pois a iluminação do palco que havia sido solicitada por ele, não foi feita e os jurados e a plateia presente puderam perceber o truque da mágica que ele apresentou. “O diretor do programa, infelizmente escolheu a mágica que eu tive menos tempo para treinar e, além disso, não diminuiu as luzes do palco conforme havia sido feito no ensaio antes das gravações, mas mesmo assim valeu à pena, pois foi uma grande experiência”.

A mágica apresentada por ele foi inédita no Brasil e até mesmo no mundo, pois segundo o mágico, ela só foi apresentada no Japão pelo seu criador, mas de outra forma, ou seja, sentado e atrás de uma mesa, “já eu acabei apresentando em pé num palco e sem mesa, pois procurei aperfeiçoar a técnica, por isso, posso até afirmar que foi inédita no Brasil e no mundo”, diz Zanowski.

No ano de 2013, Zanowski recebeu outro convite do SBT, mais precisamente do ‘Programa Silvio Santos’ sobre mágicos do Brasil, para participar da seletiva.

Mas não é somente de mágica que Zanowski vive. Ele é formado em Educação Física pelas Faculdades Integradas de Itararé e atualmente está ministrando aulas na escola de Engenheiro Maia.

O mágico de Itararé procura sempre se aperfeiçoar e acompanha todas as novidades através de sites e congressos nacionais e internacionais de mágica que acontece principalmente nos grandes centros do país, como é o caso do ‘Magic in Rio’ no Rio de Janeiro todos os anos no mês de novembro.

Recentemente ele aprendeu uma mágica onde teve que dedicar três meses de treinamento intensivo para poder desenvolver com habilidade e de forma natural.

“Esta é uma mágica inédita e é a que eu devo apresentar no programa de televisão ‘Truques e Ilusões’ do meu amigo Karpes, que também é mágico e sempre me cobra uma apresentação em seu programa. Agora acredito que deva dar certo de me apresentar lá”, diz Zanowski.

O mágico de Itararé conta que muitas vezes é necessário, além da técnica, trabalhar também com o enredo, ou seja, tudo aquilo que prende a atenção da plateia. “A mágica não faz o mágico, mas o mágico e sua postura o transformam em mágico, pois ele precisa convencer a todos não somente com sua técnica, mas com seu desempenho pessoal”, salienta Zanowski.

Segundo o mágico, muitas vezes o profissional do ilusionismo consegue sair de situações embaraçosas, quando a mágica não funciona, sem que o público perceba o erro, pois o seu enredo chamou tanto a atenção, que o erro passa quase que despercebido. “E nós mágicos, valorizamos muito esta questão da desenvoltura, pois uma mágica simples que qualquer um de nós possa fazer, passa a ser um grande espetáculo, pois não são todos que fazem da maneira como foi apresentada por este ou aquele”, explica Zanowski.

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